quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Contrato entre alunos e professores .

Contrato do aluno e professor esta envolvido no conteúdo de afeto, amizade entre professores e alunos, ocasionando um descompasso entendimento do que seja aprender e ensinar .
Um caminho para melhor compreender essa relação seria o dialogo para romper como crenças e idéias pré-concebidas de ambos os lados.
Podemos falar outro aspecto seria a criação de um contrato didático explicito entre professor e aluno, para que dessa forma, não se originem males entendidos, sensações de engano e a partir daí, a recusa ao saber aprender por parte do aluno e o conseqüente fracasso escolar.
Acreditamos que precisamos estudar formas de trabalhar com o conteúdo das matérias,Talvez, a resistência seja um sinal de que não sabemos outra forma de caminhar.
O aluno precisa ter o desejo de saber, de aprender, mais acreditamos que para que isso ocorra, precisamos mudar nossas atitudes, desmistificar nossas crenças e desaprender antigos hábitos e visões à respeito do ensino, da relação que se constitui em sala de aula, da relação que se estabelece entre o aluno e o professor e também das formas de se trabalhar e enfatizar os conteúdos.

O contrato Didático .

O Contrato Didático proposto por BROUSSEAU (1986) descreve as relações entre o professor, o saber e o aluno, e faz alusão a um paradoxo existente na relação didática: o professor deve proceder de maneira a não deixar tudo explícito ao aluno para não colocar em risco sua aprendizagem; por outro lado, se ele não faz a necessária mediação, rompe com o contrato. Em uma perspectiva em que o professor se coloca como mediador do processo de ensino, um de seus papéis é o gerenciamento de tal paradoxo. Este trabalho pretende mostrar que uma das maneiras de gerenciar tal paradoxo pode ser pela introdução de pequenas “perturbações” na estabilidade do contrato, a partir de problemas fechados com inovações inesperadas pelo aluno, tais como: número excedente de dados, supressão de dados conhecidos do aluno ou situações que solicitam a articulação de conhecimentos. A perturbação de problemas tradicionais demandará uma reflexão qualitativa e investimento criativo, de professor e aluno, evitando automatismos e mantendo-os abertos a avanços sem, contudo, romper com o Contrato Didático estabelecido.

A aula .

Hoje em dia os alunos e os professores vivem em uma 'batalha' pois existem mais momentos de pesadelo em sala de aula do que momentos mágicos de aprendizagem, pois hoje a educação se tornou um 'contrato' de ambas as partes com um denominador comum, respeitando o aluno para a preparação da aula que hoje é muito difícil de se constatar nas escolas públicas.
Preparação da aula utilizando a tecnologia disponível é essencial mais à maioria das escolas publica não disponibiliza dos materiais audiovisuais, televisões, bibliotecas para a motivação das aulas.
Uma aula bem preparada é um passo para estabelecer os caminhos que os professores e alunos percorrerão em busca de conhecimento significativos. Preparar a aula é definir de maneira de desenvolvê-la a fim de torná-la prazerosa e inteligente de tal forma que os alunos sejam chamados a participar ativamente dela.
A aula, todavia é constituída por muitas partes, para ela ter realmente um sentido, assim é preciso que ela tenha um começo um meio e um fim, Com certeza dessa maneira o professor conseguirá passar ativamente o que pretende e chamar a atenção dos seus alunos para que assim haja um bom desenvolvimento.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A pedagogia de Comenius.

 
Defendia sua pedagogia com a máxima: "Ensinar tudo a todos" que sintetizaria os princípios e fundamentos que permitiriam ao homem colocar-se no mundo como autor. Objectivando a aproximação do homem a Deus, seu objectivo central era tornar os homens bons cristãos - sábios no pensamento, dotados de fé, capazes de praticar acções virtuosas estendendo-se a todos: ricos, pobres, mulheres, portadores de deficiências. A didáctica é, ao mesmo tempo, processo e tratado: é tanto o ato de ensinar quanto a arte de ensinar.
Salientava a importância da educação formal de crianças pequenas e preconizou a criação de escolas maternais, pois teriam, desde cedo, a oportunidade de adquirir as noções elementares do que deveriam aprofundar mais tarde. A educação deveria começar pelos sentidos, pois as experiências sensoriais obtidas por meio dos objectos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Compreensão, retenção e práticas consistiam a base de seu método didáctico e, por eles se chegaria às três qualidades: erudição, virtude e religião, correspondendo às três faculdades necessárias - intelecto, vontade e memória.
Fundamentos naturais do método de Comenius: - o fim é o mesmo: sabedoria, moral e perfeição; - todos são dotados da mesma natureza humana, apesar de terem inteligências diversas; - a diversidade das inteligências é tão somente um excesso ou deficiência da harmonia natural; - o melhor momento para remediar excessos e deficiências acontece quando as inteligências são novas.
O método tem como preceitos: - tudo o que se deve saber deve ser ensinado; - qualquer coisa que se ensine deverá ser ensinada em sua aplicação prática, uso definido; - deve ensinar-se de maneira directa e clara; - ensinar a verdadeira natureza das coisas, partindo de suas causas; - explicar primeiro os princípios gerais; - ensinar as coisas em seu devido tempo;
A obra de Comenius é um paradigma do saber sobre a educação da infância e juventude, utilizando, para isso, um local privilegiado: a escola. Já a Didática Magna apresenta as características fundamentais da escola moderna: - a construção da infância moderna como forma de pedagogização dessa infância por meio da escolaridade formal (até então, as crianças eram tratadas como pequenos adultos); - uma aliança entre a família e a escola, por meio da qual a criança vai se soltando da influência da órbita familiar para a órbita escolar; - uma forma de organização da transmissão dos saberes, baseada no método de instrução simultânea, agrupando-se os alunos; e - a construção de um lugar de educador, de mestre, reservado aos adultos portadores de saberes legítimos.

História de Comenius.

 
Jan Amos Komenský mais conhecido como Comenius (28 de março de 1592  - 15 de novembro de 1670 ), foi um professor, cientista e escritor checo, considerado o fundador da Didáctica Moderna.
Propôs um sistema articulado de ensino, reconhecendo o igual direito de todos os homens ao saber. O maior educador e pedagogo do século XVII produziu obra fecunda e sistemática, cujo principal livro é a DIDÁTICA MAGNA. São suas propostas:
  • A educação realista e permanente;
  • Método pedagógico rápido, económico e sem fadiga;
  • Ensinamento a partir de experiências quotidianas;
  • Conhecimento de todas as ciências e de todas as artes;
  • ensino unificado.
Sua importância decorre de ser o autor da Didática magna, sendo o primeiro educador, no Ocidente, a interessar-se na relação ensino/aprendizagem, levando em conta haver diferença entre o ensinar e o aprender.
Perdeu pais e irmãs aos 12 anos, sendo educado sem carinho por uma família de seguidores da igreja dos Morávios. Sua educação não fugiu aos padrões da época: saber ler, escrever e contar, ensinamentos aprendidos em ambiente rígido, sombrio, onde a figura do professor dominava, as crianças sendo tratadas como pequenos adultos, os conteúdos escolares infalíveis e inquestionáveis. A rispidez no trato e a prática da palmatória eram elementos básicos. Assim, o rigor da escola e a falta de carinho marcaram a vida do órfão Comenius a ponto de inspirar, certamente, os princípios de uma didáctica revolucionária para o século XVII.
Na Universidade Calvinista de Herbron, na Alemanha, cursou Teologia e adquiriu boa formação cultural e vasta cultura enciclopédica. Tornou-se pastor, tendo, ainda estudante, começado a escrever: "Problemata Miscelânea" e "Syloge Questiorum Controversum" foram as primeiras obras.
Em Heidelberg, na Alemanha, foi aprimorar seus estudos de astronomia e matemática. Voltou à Moravia e se estabeleceu em Prerov, no magistério, ansioso para pôr em prática suas ideias pedagógicas. Modificaria radicalmente a forma de ensinar artes e ciências na sua escola, destacando-se como professor.

História da Didática


A palavra didática vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica de ensinar. A Didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica .
A didática estuda os processos de ensino e aprendizagem.
A didática para assumir um papel significativo na formação do educador não poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e mecanismos pelos quais desenvolver um processo de ensino -aprendizagem, e sim, deverá ser um modo crítico de desenvolver uma prática educativa forjadora de um projeto histórico, que não será feito tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.
A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico- políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas.
O educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o pai da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII.